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Principais lições do livro O obstáculo é o caminho

O livro O obstáculo é o caminho, de Ryan Holiday traz lições do estoicismo para manter a resiliência nas dificuldades, e melhor ainda, encontrar o lado bom em cada desafio. Inspirada pela frase “o obstáculo no caminho se torna o caminho”, de Marco Aurélio, essa obra defende que cada adversidade pode trazer oportunidades únicas de sucesso. Basta ajustar nosso foco para enxergar os tesouros escondidos nos problemas.

Sem dúvidas, esse é um dos melhores livros de Ryan Holiday, com ensinamentos que podem transformar sua forma de encarar as dificuldades da vida. O livro é dividido em 3 partes: percepção, ação e vontade, apresentados como os pilares para enfrentar os desafios como um estoico.

Interessou? Então fique por aqui e confira um resumo com as principais ideias do livro O obstáculo é o caminho. Vem comigo!


Esse artigo é baseado no livro O obstáculo é o caminho, de Ryan Holiday. Você vai ler aqui os principais insights que tive dessa leitura, a qual super recomendo.

Se você se interessar e quiser ler na íntegra, clique em um dos links a seguir para comprar o livro no seu e-commerce favorito.


Parte I- Percepção

Percepção é como vemos e compreendemos o que ocorre à nossa volta e o que decidimos que esses acontecimentos vão significar. Assim, nossas percepções podem ser fonte de força ou fraqueza.

Você escolhe o que vê

Onde um vê fracasso, outro pode ver uma porta para o sucesso. Logo, o mais importante não são os obstáculos, mas como reagimos a eles. Pois essa reação determina se teremos sucesso em superá-los, ou se ainda teremos sucesso por causa deles.

Em vez de ver problemas como problemas, podemos optar por vê-los como oportunidades. Afinal, desespero, medo e o sentimento de impotência que podem surgir, são funções das nossas percepções. Nada nos faz sentir assim. Nós optamos por ceder a esses sentimentos, ou decidimos não ceder.

Cultive a disciplina nas suas percepções

Tudo pode ser visto como uma chance de progresso, até mesmo um crash econômico ou uma tragédia pessoal. Contudo, ver a oportunidade no obstáculo não é uma reação natural, mas um processo acionado deliberadamente, que requer autodisciplina.

Jamais somos impotentes porque nada nem ninguém pode controlar nossas crenças, pensamentos e reações. As situações em si não são boas ou más. Nós assim as determinamos conforme nossas percepções e julgamentos.

Não acredite em tudo o que ouve

Só porque os outros dizem que algo não tem solução, não significa que seja exatamente assim. Portanto, não acredite em tudo o que ouve, nem mesmo quando vem da voz de sua própria mente. Se um pensamento diz que algo é ruim, você não é obrigado a concordar

Nós decidimos que história vamos contar a nós mesmos, ou se vamos contar. O poder da percepção é aplicável a todas as situações, e impossível de obstruir. Ele jamais pode ser roubado, apenas renunciado. E essa é sua decisão.

Governe a si mesmo

Quando as pessoas entram em pânico, cometem erros, atropelam sistemas, menosprezam procedimentos, ignoram regras, desviam-se do plano. Isso porque, sob influência do medo, não se age com clareza, apenas se reage a instintos de sobrevivência.

No entanto, isso pode ser evitado ao se treinar o controle emocional. Quando essas emoções surgirem, mantenha a calma e diga apenas “não, obrigado”. Isso permite direcionar sua atenção para a resolução do problema, em vez de meramente reagir a ele.

A questão não é não sentir. A verdadeira força está na domesticação das próprias emoções, não na pretensão de que elas não existem. Em vez de se deixar levar pelas emoções, questione-as, analise-as, disseque-as. Pergunte: “preciso mesmo surtar por causa disso? Vou morrer por causa disso?” Em geral, a resposta será não.

Foque no que pode controlar

Na vida, as coisas se dividem em 2 categorias: as que podemos e as que não podemos controlar. Eventos externos, podem não estar sob nossa influência, mas as escolhas que fazemos em relação a elas estão sempre em nosso poder.

Ao encarar uma adversidade, coloque as coisas em perspectiva, retorne ao momento presente e se concentre apenas no que você pode controlar. Lembre, então, que nossas percepções, bem como nossas emoções, reações e decisões, são aquilo sobre o que temos total controle.

Veja as coisas como elas realmente são agora

Concentre-se no que está à sua frente agora, não nos monstros que podem, ou não, vir. Costumamos gastar muito tempo pensando no que as coisas representam, julgando e categorizando. Com isso, sobra pouca energia para a ação.

Contudo, viver no momento presente, ignorando teorizações, não é uma mera decisão. Isso requer atitude. Esteja atento à sua mente, quando ela divagar, agarre-a de volta. Descarte pensamentos perturbadores que não contribuem com nada.

Parte II- Ação

Na parte II desse ótimo livro sobre estoicismo, Ryan Holiday fala sobre ação. Mas não é qualquer tipo de ação, mas sim aquela que é direcionada. Requer coragem, não impetuosidade; e aplicação criativa, não força bruta. Nossos movimentos e decisões nos definem, por isso, devemos agir com deliberação, ousadia e persistência.

Aja agora

Temos mais força do que pensamos, mas quando nossos piores instintos estão no controle, agimos frivolamente. Não importa o que acontece com você ou de onde veio, mas sim o que você faz com o que te acontece e com o que te foi dado. 

Onde quer que você esteja, aja agora! Dê o primeiro passo. Não espere pelas condições perfeitas. Faça o que pode agora com aquilo que tem hoje.

Persista e resista

Ação e fracasso são dois lados da mesma moeda; um não vem sem o outro. Parar de agir quando algo não sai como planejado, é entender errado o fracasso. Em vez disso, pergunte-se “o que deu errado? O que pode ser melhorado?” Com essa atitude, você poderá encontrar modos alternativos, e talvez bem melhores, de fazer as coisas.

O fracasso é uma fonte de descoberta. Por isso, as maiores histórias de sucesso costumam ser precedidas de fracassos épicos. A única forma de garantir que não nos beneficiaremos com o fracasso é continuar tentando as mesmas coisas dos mesmos jeitos. 

Perceba que o fracasso mostra o caminho ao mostrar o que não é o caminho. Podemos continuar avançando mesmo que interrompidos em uma direção em particular. A verdadeira ameaça à nossa determinação não é o que acontece, mas nós mesmos.

Foque no processo

Desmembre seu plano de ação em etapas e execute uma após a outra. Dê um passo de cada vez, se concentrando apenas no processo presente, sem ficar pensando sobre o resultado final. Isso porque, uma mente que se distrai olhando para o futuro, perde o rastro do que está à sua frente.

O processo é ordem: mantém nossas ações em cheque e em sincronia. Focar em um passo de cada vez nos incita a agir, mesmo que seja apenas um pouco por vez.

Não desista ao enfrentar adversários maiores que você

Ao confrontar um oponente maior ou mais poderoso, não se intimide, mas também não tente usar força bruta e nem jogar com as mesmas ferramentas dele. Em vez disso, dê um passo atrás e reflita sobre quais armas você pode usar dado o seu tamanho.

Sua arma mais poderosa pode estar escondida justamente na sua desvantagem. Da mesma forma, a maior fraqueza dos grandes pode se originar a partir de sua própria superioridade. Assim, a vantagem do seu oponente, seja ela dinheiro, força ou poder, por exemplo, pode encobrir algum ponto fraco. Descubra-o e use a seu favor.

A não ação também pode ser uma ação

Quando queremos demais algo, podemos acabar sendo nosso próprio inimigo. Ficamos tão obstinados andando para frente que não nos ocorre que possa haver outros caminhos para chegar onde desejamos.

Em certos casos, ficar parado ou até recuar pode ser a melhor maneira de avançar. A resistência passiva pode ser incrivelmente ativa: veja o exemplo de Ghandi. Porém, essa atitude não vem de omissão, mas sim de autocontrole, destemor, determinação e estratégia.

Parte III- Vontade

Vontade é nosso poder interior, jamais afetado pelo mundo exterior. Se ação é o que fazemos quando temos alguma influência, vontade é do que dependemos quando a influência desaparece.

A cidadela interior

Segundo a filosofia estoica, todos temos uma fortaleza interior que ninguém pode derrubar. Porém, não nascemos com essa estrutura. Essa cidadela interior precisa ser construída e constantemente reforçada. Afinal, não precisamos aceitar nossas fraquezas.

Em vez disso, devemos buscar o aprimoramento, já que não podemos nos dar o luxo de recuar de todas as coisas que nos intimidam. Ainda assim, ganhamos muito mais trabalhando em nos fortalecer do que tentando brigar com o mundo.

Assuma que tudo já deu errado

A técnica post mortem é uma prática empregada em várias grandes empresas. Consiste em, antes de um lançamento, reunir a equipe responsável sob o anúncio de que o projeto (ainda não lançado) fracassou, e então se busca responder o porquê do insucesso. Isso permite antever possíveis ameaças e tomar as devidas ações preventivas.

Essa técnica se baseia no pre-meditatio malorum, uma prática estoica que consiste em visualizar de antemão os piores cenários, aceitando essas possibilidades. Além de permitir as devidas precauções, essa abordagem ajuda a administrar as expectativas perante o reconhecimento de que eventos indesejados podem acontecer.

Aceite o que não pode mudar

Quando a causa do problema está fora do nosso escopo, é melhor aceitar e seguir em frente. No estoicismo, essa atitude é conhecida como a arte da aquiescência, e se aplica àquelas situações que são imunes à ação.

Todos os eventos, até mesmo os indesejados, podem ser benéficos. No entanto, para obter os ganhos inesperados, temos que aceitar também os custos, mesmo que preferíssemos não tê-los. Temos o costume de pensar em como gostaríamos que as coisas fossem, mas acabamos negligenciando o quanto elas poderiam ter sido piores.

Você reclama de perder dinheiro? Poderia ter perdido um amigo. Perdeu o emprego? Poderia ter perdido uma perna ou um braço. Perdeu a casa? Mas, e se tivesse perdido a família? Quando reclamamos do que nos é tirado, esquecemos de valorizar o que temos.

Amor fati: ame tudo o que acontece

Essa é mais uma das valiosas lições do estoicismo que se refere a manter a alegria em todas as situações, especialmente naquelas que julgamos ruins. Perceba que indiferença e aceitação do indesejado é melhor que desapontamento ou raiva, mas ainda é apenas o primeiro passo. 

Melhor que isso é sentir amor por tudo o que acontece. Reconhecer “se aconteceu, é porque era para ser assim, e estou feliz com isso. Estou determinado a fazer o melhor dessa situação”.

Já sabemos que os infortúnios nos tornam mais fortes com suas lições únicas. Assim sendo, por que esperar pela resolução do problema para reconhecer seus benefícios? Faça melhor! Antecipe a gratidão, mantendo uma atitude alegre mesmo durante as dificuldades.

Alivie a carga de alguém

Quando um problema parece intratável, uma das melhores abordagens é pensar “como posso, ao menos, tornar isso melhor para outras pessoas?” Tire o foco de você mesmo. Afinal, quem inflaciona seu próprio papel leva as perdas para o lado pessoal e se desespera frente a obstáculos.

Você pode ajudar mais a si mesmo ajudando aos outros, extraindo propósito, tornando-se melhor por causa disso. Obtenha força tomando como missão o bem de outras pessoas em vez de ficar se lamentando.

Nenhuma severidade, privação ou esforço deveriam interferir na sua empatia pelas outras pessoas. Compaixão é sempre uma opção.

Você não é o centro do universo

Pare de pensar que sua dificuldade é especial ou injusta. Seja qual for seu problema, não se trata de um infortúnio único, escolhido especialmente para você. É apenas o que é. Existe um vasto mundo além da sua experiência pessoal, repleto de pessoas que passaram por coisas piores.

Não somos especiais ou únicos apenas pela virtude de existir. Somos todos sujeitos a acontecimentos aleatórios ou incompreensíveis. Então não perca tempo com pensamentos de “por que isso aconteceu comigo?”,”eu fiz isso, então mereço aquilo” ou “eu não mereço isso”.

Medite sobre a morte

Em geral, agimos como se fôssemos imunes a catástrofes, acidentes e desgraças. Pensamos “essas coisas acontecem com outras pessoas, não comigo. Eu ainda tenho muito tempo”. Esquecemos quão leve é nosso controle sobre a vida.

Porém, tomar consciência da mortalidade cria real perspectiva e urgência em valorizar o tempo presente. Por isso, Ryan Holiday nos incentiva a meditar sobre a morte, uma prática comum no estoicismo. Isso não precisa ser deprimente, pode ser revigorante. A morte não torna a vida sem sentido, mas sim cheia de propósito. 

Percepção, ação e vontade são nossos verdadeiros poderes

Em seu livro O obstáculo é o caminho, Ryan Holiday defende que a tríade percepção, ação e vontade nos permite ver com clareza, agir corretamente e obter vantagens nas desvantagens.

Esses componentes agem em convergência: nossas ações nos dão a confiança para ignorar ou controlar nossas percepções, enquanto provamos e sustentamos nossas ações com nossa vontade. Essas 3 forças são ferramentas para virar os obstáculos de cabeça para baixo e encontrar as melhores oportunidades neles.

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** As imagens dessa página podem ter sido geradas com inteligência artificial.

4 Comentários

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  3. Yur

    Parabéns, me emocionei com cada linha, uma pérola da motivação e dinamismo pessoal.
    Volto aqui e leio várias vezes, e sempre uma vibração especial, me emociona, Obrigado e parabéns. Amei esta perspectiva.

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