O livro Nada pode me ferir, de David Goggins, traz lições incríveis de superação e autodisciplina. Nele, o autor conta sua trajetória marcada por obstáculos, dor e sofrimento, mas também por vitórias e feitos sobre-humanos. Isso tudo sem esconder seus fracassos e sua luta por superá-los.
Assim, Goggins mostra que, embora seja considerado um dos homens mais durões que já existiu, ele não nasceu assim, mas se tornou essa pessoa ao construir uma mente blindada. Ele deixa claro que qualquer um de nós é capaz de conquistar as mais improváveis vitórias, desde que preparemos nossa mente para isso.
Quer conhecer os ensinamentos de Goggins para construir uma mente vencedora e imbatível? Então fique por aqui e leia a seguir as principais lições do livro Nada pode me ferir!
Quem é David Goggins?
David Goggins, autor do best-seller Nada pode me ferir, foi o único homem a completar o treinamento das três principais tropas de elite americanas: os SEALs da Marinha (Navy SEALs), a Tropa de Resgate da Força Aérea (Air Force Tactical Air Control Party, TACP), e os Rangers do Exército (Army Rangers). Já aposentado, atualmente, ele é ultramaratonista e palestrante motivacional.
Reconhecido por sua disciplina e resiliência, Goggins tem uma trajetória marcada por superação extrema, tanto física quanto mental. Nos esportes, alguns de seus feitos mais notáveis são:
- Participar da Maratona de San Diego com apenas 11 dias de treinamento e concluir a corrida em menos de 20 horas (100 milhas, ou seja, 160 km);
- Completar várias ultramaratonas e ultratriatlos, incluindo a infame Badwater 135, conhecida como uma das corridas mais difíceis do mundo. Isso porque tem percurso de 135 milhas (217 km) com um ganho de elevação que vai de 85 metros abaixo do nível do mar a 2.530 metros de altitude, e que costuma ser concluída entre 30 e 40 horas, sob um calor que pode ultrapassar 50°C. Goggins participou dessa corrida 3 vezes, tendo conquistado o 3º lugar em 2007.
- Bater o recorde mundial de flexões em 24 horas, realizando 4.030 flexões em um único dia.
Mas, além desses impressionantes desafios físicos, David Goggins enfrentou ainda provações mentais e psicológicas igualmente desafiadoras, muitas das quais ele relata na sua obra mais conhecida.
Sobre o que fala o livro Nada pode me ferir?
Em Nada pode me ferir, um dos melhores livros sobre autodisciplina, David Goggins conta sua história, começando por uma infância vivida sob abusos de um pai extremamente violento, seguido por uma infância de pobreza e uma adolescência marcada por racismo e discriminação.
Goggins segue sua narrativa mostrando que, no início de sua vida adulta, ele vinha sucumbindo ao seu destino esperado: uma vida medíocre, na melhor das hipóteses. Até o momento em que, se encontrando obeso, infeliz e, literalmente, coberto de baratas, resolveu dar um basta e iniciar uma nova história. E ele conseguiu, mas, para isso, precisou enfrentar diversos cenários de dor extrema.
Nesse artigo não vou entrar nos pormenores da biografia do autor, pois o foco aqui são os ensinamentos que podemos aplicar em nossas próprias vidas. Então, recomendo fortemente que você adquira seu exemplar do livro para conhecer toda a história de Goggins. Basta clicar em um dos links indicados.
Principais lições do livro Nada pode me ferir
A trajetória de David Goggins é realmente emocionante e inspiradora. Embora a maioria de nós nunca vai se tornar um navy SEAL, nem tampouco um maratonista ou atleta recordista, certamente podemos aplicar muitas das suas técnicas para nos tornar pessoas mais disciplinadas e alcançar grandes realizações. Veja a seguir as lições mais valiosas do livro Nada pode me ferir.
O espelho da prestação de contas
O ponto de virada na vida de Goggins se deu quando ele se olhou no espelho e encarou com sinceridade quem ele era no momento e quem queria se tornar. Então escreveu em post-its as ações que ele precisava tomar para se tornar um Navy SEAL, que era seu objetivo naquele momento.
Goggins nos incentiva a fazer o mesmo. Para isso, o primeiro passo é esse olhar no espelho e encarar suas fraquezas e limitações, sem medo nem autopiedade. Não negue nem tente suavizar suas insatisfações. Com base nisso, trace um plano com cada passo necessário para atacar seus pontos fracos e atingir seu objetivo. Pode ser necessário fazer uma pesquisa antes.
Quando souber quais são as ações concretas que precisa realizar, estabeleça metas e escreva-as em post-its. Cole-as no espelho para que possa vê-las sempre que se olhar. Assuma a responsabilidade por cada passo que precisa dar.
Tudo é um jogo mental
Qualquer um pode conseguir feitos considerados impossíveis, mas isso requer vontade e treinamento mental. Só você pode dominar sua mente. Assim como o músculo que fica mais forte ao ser treinado, ou como as mãos que ficam calejadas com o trabalho duro, a mente também se fortalece quando a desafiamos. É a isso que Goggins se refere quando fala em mente calejada.
Ao longo do livro Nada pode me ferir, notamos que ele está sempre em busca de calejar a mente. Isso porque, segundo ele, tudo na vida é um jogo mental. Nós só conseguimos chegar onde a mente pode conceber. Assim, trabalhar a mente deve sempre ser o foco principal na busca de qualquer conquista.
Autoconfiança
Você só se importa com as opiniões dos outros quando te falta autoconfiança. Para construí-la, é necessário focar no seu propósito em vez da opinião alheia e assumir a responsabilidade por sua vida. Foi assim que Goggins parou de baixar a cabeça e de ficar ofendido com as situações de racismo extremo que vivenciou.
As dificuldades que enfrentamos na vida ajudam a calejar nossa mente, porém, o resultado disso depende de como escolhemos encarar esse cenário. Você pode se colocar no lugar de vítima, e, então, seus sofrimentos só trarão mágoa, medo e ressentimento.
Ou você pode usar as más experiências para se fortalecer, e, com isso, construir sua autoconfiança, enquanto se mantém aberto a desafios ainda maiores, sempre buscando se superar. Com esse mindset, você não foge da dificuldade, mas a encara de frente.
Treinamento físico para treinar a mente
Goggins leva seu corpo ao extremo em seus treinos, mas não em busca da melhor performance no esporte. Isso é uma consequência. Seu principal objetivo com seus treinos espartanos é fortalecer a mente. E nós podemos empregar essa tática em nossas vidas.
Consiste em aplicar disciplina física na performance esportiva como forma de calejar a mente. Segundo Goggins, a dor envolvida na superação dos limites físicos é uma ferramenta valiosa no treinamento mental. Isso funciona porque quando nos tornamos disciplinados no treino, e aumentamos nossa tolerância à dor e ao desconforto físico, essa atitude se estende a outras áreas da vida.
Então, exercite-se. Se não tem tempo durante o dia, acorde uma hora mais cedo. Aumente gradativamente o grau de dificuldade do seu treino. Corra alguns metros a mais, faça uma repetição a mais do que conseguia na semana passada. Leve seu treinamento físico tão a sério quanto levaria seu trabalho ou faculdade.
Cultive o hábito de sair da sua zona de conforto
Temos a tendência de focar naquilo em que somos bons e temos facilidade. O desafio aqui é fazer justamente o contrário: busque o que é difícil. Saia da zona de conforto, nem que seja um pouquinho por dia. Isso porque as maiores vitórias são conquistadas quando você dá o seu melhor justamente nos momentos em que se sente pior.
Então, pratique essa habilidade buscando deliberadamente por atividades difíceis e desafiadoras. Faça algo desconfortável que você sabe que te tornará melhor em algum aspecto. Ex: acorde mais cedo para se exercitar, arrume sua cama e seus pertences, trabalhe uma hora a mais, aprenda uma nova habilidade na qual você se considera pouco talentoso.
Aceite o desconforto envolvido e busque empurrar seus limites pouco a pouco. Para ter uma mente calejada é necessário se desafiar com frequência, e isso é desconfortável. Porém, quando permanecemos na zona de conforto, a mente se mantém mole e acomodada.
Seu governante interior vai tentar te parar aos 40% de sua capacidade
Segundo Goggins, todos temos um governante nas nossas mentes. O papel dele é tentar nos proteger da dor e das dificuldades, nos levando sempre a escolher o caminho mais fácil, mais rápido, e, de preferência, livre de esforço.
Como esse governante está enraizado em nossa identidade, ele sabe como nos dominar. Ele nos faz parar quando estamos em apenas 40% da nossa máxima capacidade, a fim de prevenir qualquer sofrimento. O problema é que, o caminho com o menor esforço, em geral, não leva à real evolução.
Então, para atingir nosso potencial máximo, temos que ser mais fortes que esse governante: calejar nossa mente para que ela não se renda a ele. Para isso, quando o desconforto estiver forte a ponto de você querer desistir do seu objetivo, não pare! Lembre que você ainda tem mais 60% de força, então tome controle do diálogo mental e não dê ouvidos ao governante.
Tomando almas
Esse conceito se refere a encontrar uma vantagem tática sobre um adversário, um agressor, ou até mesmo sobre um superior no seu local de trabalho. Para vencer um oponente, por exemplo, estude suas táticas. Defina também seus próprios pontos fracos e fortes, a fim de traçar uma estratégia para vencê-lo.
Se você está sofrendo algum tipo de bullying, reconheça que a pessoa que te oprime tem suas próprias fraquezas. Reflita sobre quais podem ser elas o que essa pessoa busca ganhar quando age de forma agressiva com você, para entender como reverter a situação.
Para tomar a alma de um chefe, gerente ou professor que não te valoriza, busque a excelência. Torne-se tão bom a ponto de não poder ser ignorado ou desrespeitado. Estude mais, seja mais participativo na aula, busque ser o melhor aluno. Se for no trabalho, torne-se o melhor profissional, faça mais e melhor do que seu chefe ou cliente espera. Dedique-se ao máximo!
Pote de biscoitos
Essa tática tem esse nome porque Goggins a compara com o pote de biscoitos que sua mãe mantinha em casa com muita dedicação, apesar da pobreza que enfrentaram em certos períodos. Aliás, devido justamente a essa escassez, cada biscoito que eventualmente ganhava de sua mãe tinha um sabor especialmente delicioso.
Goggins compara o prazer que sentia comendo esses biscoitos ao deleite de lembrar de vitórias conquistadas no passado. Ele recorre a isso quando está no auge da dificuldade de alcançar uma nova conquista. Quando começa a duvidar de si mesmo, ele se recusa a sucumbir, pois lembra que a derrota ou a vitória acontece primeiro nos pensamentos.
Então, para cultivar a vitória em sua mente, Goggins recorre a lembranças de superações passadas. Essas recordações reafirmam sua força e capacidade de vencer novamente. Ele incentiva que cultivemos também nossos próprios potes de biscoitos, com lembranças de superações passadas, que trarão novo fôlego para as próximas superações.
Pratique a visualização
David Goggins relata, assim como diversos dos maiores e mais premiados atletas, que ele recorre à técnica da visualização antes de uma prova física desafiadora ou qualquer objetivo ambicioso que ele tenha em mente. Ele visualiza a vitória e imagina como será a sensação exata quando acontecer.
Mas não apenas isso. Ele visualiza todo o percurso, procurando ativamente por todos os obstáculos possíveis e tudo o que pode dar errado, a fim de se preparar de antemão, tanto física como mentalmente. Ele ressalta que visualizar não é meramente sonhar acordado, mas sim um processo de preparação que deve ser levado a sério.
Não é necessário talento
O livro Nada pode me ferir deixa claro em várias passagens diversas dificuldades que poderiam ser fatores impeditivos para Goggins como uma má formação cardíaca, dificuldades de aprendizado e até o fato de ser o único negro em uma comunidade extremamente racista. Mas, nenhuma dessas desvantagens o impediu.
Com isso, ele reforça que, mesmo que você não seja privilegiado ou especialmente talentoso em qualquer aspecto, você ainda é capaz de conquistas extraordinárias. A dedicação, o treinamento mental e o trabalho duro se sobrepõem a qualquer limitação.
Abrace seus fracassos e falhas
Um dos pontos mais impactantes do livro Nada pode me ferir é a forma como Goggins lida com suas falhas e fracassos, vários dos quais ele expõe na obra, e até dedica um capítulo inteiro ao tema, com o título O empoderamento do fracasso.
Nesse capítulo, ele afirma que não há na vida uma dádiva tão subestimada e inevitável como a falha. Ele nos incentiva a apreciá-la, pois ela pode evidenciar quais são os ajustes necessários para alcançar o sucesso.
Para isso, estude seus fracassos. Primeiro avalie tudo o que deu certo e tudo o que foi bom, pois nada é 100% ruim. Em seguida, analise quais eram seus pensamentos e emoções quando você falhou. Lembre-se: tudo é um jogo mental, a vitória e o fracasso ocorrem primeiro na mente.
Então, tome a decisão de vencer. Decida que a vitória já é sua, independente de quando ou como. Feito isso, tome nota de tudo o que pode ser melhorado na próxima tentativa. A partir disso, trace os planos futuros e atualize no seu espelho da prestação de contas.
Incomum entre os incomuns: Não se contente com a mediocridade
Em uma sociedade em que o padrão é a mediocridade, é fácil se acomodar com o básico: atingir a média na prova, em vez de buscar pelo 10, cumprir apenas as obrigações no trabalho em vez de buscar a excelência profissional. Goggins não aceita esse tipo de atitude para si.
Ele busca sempre o topo do seu potencial e defende que nunca devemos nos acomodar, pois sempre há o que melhorar. Mesmo que você já esteja em uma posição confortável, ou até de destaque em determinada área, não se acomode. O trabalho nunca está acabado. Sempre podemos ser mais fortes, mais qualificados e melhores em todos os contextos.
Porém, tenha consciência de que, ao adotar essa atitude, você será uma exceção, alguém incomum. Não deixe seu ego te fazer sentir superior aos seus próximos, nem tampouco se permita ficar chateado com eles por não corresponderem ao seu alto padrão. Em vez disso, ajude-os a se tornarem melhores, dentro de suas possibilidades.
Conclusão
A principal mensagem do livro Nada pode me ferir, de David Goggins, é que qualquer um de nós é capaz de feitos considerados impossíveis, independente de quais limitações tenhamos. Contudo, as grandes conquistas requerem muita dedicação, trabalho duro e, principalmente, uma mente calejada.
Isso porque nossa natureza humana tende a nos fazer fugir da dor e do desconforto, de forma que costumamos dar, no máximo, 40% da nossa capacidade na maioria das nossas atividades. Logo, para atingir a excelência e conquistar o impossível, é necessário dominar o diálogo mental a fim de vencer nossas limitações internas.
Aliás, Goggins defende que todas as nossas limitações são internas, pois tudo é um jogo mental. Para vencer na vida, é preciso vencer a mente, torná-la calejada, treinando-a continuamente sob condições desconfortáveis. Afinal, a evolução acontece fora da zona de conforto.
Espero que a história de David Goggins tenha sido tão impactante para você como foi para mim, e que suas lições possam te inspirar a mudar sua vida. Se sim, compartilhe esse artigo nas suas redes, e não deixe de ler o livro completo! Vale muito a pena!
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