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Top 10 livros de filósofos clássicos que todo mundo deveria ler

Ler obras de filósofos clássicos nos permite entrar em contato com ideias brilhantes acerca das questões mais fundamentais da existência e do pensamento humano. Pensando nisso, preparei para você uma seleção cuidadosa de 10 livros que servem como excelentes portas de entrada para esse legado. 

Esta lista tenta equilibrar diferentes períodos (da antiguidade grega até o século XIX), diversas áreas da filosofia (ética, política, metafísica, epistemologia) e estilos variados, sempre com foco em títulos que marcaram a História.

Essas obras inspiram sabedoria, questionamentos, reflexões e até mesmo controvérsias. Além disso, são todos livros fáceis de encontrar em bibliotecas e lojas, podendo ser adquiridos por preço bem baixo ou até mesmo de forma gratuita em plataformas online. Vale a pena conferir!

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Top 10 livros de filósofos clássicos que todo mundo deveria ler

Prepare-se para conhecer algumas das obras principais de filósofos clássicos que revolucionaram suas épocas e continuam a influenciar a sociedade contemporânea. Todas elas merecem um lugar na sua estante. Confira e escolha a sua próxima leitura inteligente na lista a seguir!

1) A República

Autor: Platão

A República, de Platão, se desenvolve por meio de diálogos instigantes, nos quais Sócrates é o principal interlocutor. Essa obra monumental fala sobre a justiça, tanto em nível individual, como também na estrutura da cidade-Estado grega. 

Desse modo, o livro desenrola a construção teórica de uma cidade ideal. Para além da organização política, Platão introduz conceitos metafísicos centrais, inclusive o famoso Mito da Caverna, que ilustra a jornada da alma da escuridão da ignorância em direção à luz do conhecimento da verdade e do Bem.

Ao longo dos séculos, A república, influenciou inúmeros pensadores e sistemas políticos. Não obstante, continua relevante para compreender as fundações do pensamento ocidental sobre ética, política e epistemologia, e como esses temas se interligam na busca por uma sociedade mais justa.


2) Ética a Nicômaco

Autor: Aristóteles

Na Ética a Nicômaco, Aristóteles, um dos mais importantes filósofos da Grécia Antiga, se debruça sobre uma questão central para a existência humana: o que constitui a vida boa e qual é o bem supremo ao qual todos aspiramos. 

Sua investigação aponta para a eudaimonia, frequentemente traduzida como felicidade ou florescimento humano, que seria alcançada através do exercício pleno da razão em conformidade com a virtude.

Assim, o filósofo discorre sobre as virtudes morais, como a coragem e a temperança, como um meio-termo entre dois extremos viciosos – por exemplo, a coragem posicionada entre a covardia e a temeridade. Ademais, ele destaca a importância da deliberação racional para a escolha das ações e da formação de hábitos corretos como alicerce para uma vida virtuosa.

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3) Meditações

Autor: Marco Aurélio

Meditações de Marco Aurélio se apresenta de uma forma bastante singular: são anotações pessoais, uma espécie de diário filosófico, que o imperador romano escreveu para si mesmo, sem a intenção inicial de publicação. Nesses escritos, ele busca aplicar os preceitos do estoicismo para viver de forma virtuosa e em harmonia com a natureza e a razão universal.

Ao longo da obra, o leitor encontra reflexões profundas sobre a impermanência de todas as coisas, a importância do dever e da responsabilidade para com a comunidade, e a necessidade de focar naquilo que está sob nosso controle: nossos próprios pensamentos, julgamentos e ações. 

Marco Aurélio reitera a importância da aceitação serena do destino e dos eventos externos, cultivando a tranquilidade, mesmo diante das adversidades inerentes à condição humana e às responsabilidades de seu cargo. Repleto de sabedoria para a vida, é um ótimo candidato a livro de cabeceira, para ser lido e relido inúmeras vezes.


4) Confissões

Autor: Santo Agostinho

 Esse livro é uma autobiografia espiritual e filosófica, escrita em forma de um diálogo com Deus. Dessa forma, Agostinho narra sua trajetória desde a infância, passando por sua juventude marcada por inquietações intelectuais e dilemas morais, até sua eventual conversão ao Cristianismo. 

Nela, o autor trata de temas como a natureza do pecado, a busca pela verdade, o funcionamento da memória e a complexidade do tempo.

No percurso de sua narrativa, Agostinho, que se tornaria uma figura central na teologia cristã e na filosofia ocidental, descreve sua adesão a diferentes correntes filosóficas, como o Maniqueísmo, e seus questionamentos acerca da fé, do mal e da natureza de Deus. Isso antes de encontrar respostas no Cristianismo por influência de Santo Ambrósio. Assim, esse é um livro que destaca a relação entre a alma e o divino.


5) Sobre a brevidade da vida

Autor: Sêneca

Esse livro de Sêneca é uma exortação a seu amigo Paulino sobre o uso que fazemos do tempo. O argumento central do ensaio é que a vida não é curta, mas nós a percebemos assim porque desperdiçamos grande parte dela em ocupações vãs, preocupações com o futuro ou lamentações sobre o passado. 

Assim, Sêneca distingue os ocupados – aqueles que vivem imersos em atividades sem propósito real – daqueles que realmente se dedicam à sabedoria. O filósofo propõe que o caminho para uma vida plena reside no cultivo do ócio filosófico, que não significa preguiça, mas sim um tempo dedicado ao estudo, à introspecção e ao desenvolvimento interior. 

Para Sêneca, a verdadeira posse do tempo é aproveitar o presente, aprendendo com o passado, sem se deixar consumir pelo futuro. Dessa forma, o livro Sobre a brevidade da vida convida o leitor a reavaliar suas prioridades e a se dedicar àquilo que realmente enriquece a alma e proporciona tranquilidade.


6) O príncipe

Autor: Nicolau Maquiavel

Após indicações de obras cheias de ética, justiça e virtude, vamos agora para o rumo oposto. Publicado postumamente no século XVI, O Príncipe de Nicolau Maquiavel oferece um conjunto de conselhos práticos direcionados a um governante sobre como adquirir e manter o poder político

Maquiavel argumenta que, para a estabilidade e segurança do Estado, um governante pode precisar agir de formas consideradas cruéis ou desleais, priorizando os resultados políticos em detrimento de considerações morais. O Príncipe costuma ser associado ao realismo político, analisando a política como ela é, e não como deveria ser idealmente. 

Sua abordagem pragmática, e por vezes considerada cínica, sobre a natureza humana e as dinâmicas do poder gerou, e ainda gera, muitos debates. De qualquer forma, a leitura desta obra é indicada para compreender as bases do pensamento político moderno e refletir sobre as complexas relações entre ética e poder.


7) Discurso do Método

Autor: René Descartes

Publicado anonimamente em 1637, o Discurso do Método de René Descartes é considerado um dos textos fundadores da filosofia moderna e do racionalismo. Nesta obra, que originalmente serviu de prefácio a três ensaios científicos, Descartes propõe um novo método para conduzir a razão e buscar a verdade nas ciências. 

Ele parte da dúvida metódica, um processo de questionar radicalmente todas as crenças e conhecimentos adquiridos, a fim de encontrar um fundamento seguro e indubitável para o saber. É através dessa jornada de ceticismo metódico que Descartes chega à sua primeira certeza, expressa na famosa máxima “Penso, logo existo“. 

A partir daí, ele estabelece regras para o método, incluindo a clareza e distinção das ideias, a divisão dos problemas em partes menores, a condução do pensamento em ordem e a realização de revisões. Assim, o foco desse livo é uma nova forma de pensar que valoriza a razão individual e a evidência clara como critérios para o conhecimento.


8) Do contrato social

Autor: Jean-Jacques Rousseau

Nesse livro, publicado em 1762 durante o auge do Iluminismo, Jean-Jacques Rousseau investiga a questão da legitimidade do poder político e as bases de uma sociedade justa. A obra parte da premissa de que, embora o homem nasça livre, encontra-se por toda parte acorrentado. 

Rousseau propõe, então, que a única forma legítima de autoridade política emana de um contrato social acordado entre os cidadãos, no qual cada indivíduo aliena certos direitos naturais em favor da comunidade, ganhando em troca a liberdade civil e a proteção do Estado.

As ideias de Rousseau sobre a soberania popular, os direitos dos cidadãos e a importância da participação cívica exerceram forte influência nos movimentos revolucionários do final do século XVIII, especialmente na Revolução Francesa. Do Contrato Social continua sendo uma obra fundamental para compreender as teorias da democracia e a relação entre indivíduo e Estado.


9) Fundamentação da metafísica dos costumes

Autor: Immanuel Kant

Publicada por Immanuel Kant em 1785, essa é uma obra central na história da ética e um pilar do pensamento iluminista alemão. Nela, Kant busca estabelecer o princípio supremo da moralidade, independente de qualquer experiência empírica ou consideração de consequências, baseando-o puramente na razão

O ponto de partida é a noção de boa vontade, que, para o filósofo, é a única coisa boa em si mesma, sem restrições. Contudo, vale avisar que essa é uma obra densa e conceitualmente exigente, podendo demandar um esforço maior para o leitor não familiarizado com o vocabulário e o rigor argumentativo de Kant. 

De qualquer forma, a complexidade não precisa ser um impeditivo para quem quer se aprofundar nas ideias de Kant. Afinal, há muitos materiais complementares e leituras de apoio disponíveis para auxiliar no estudo nessa obra genial. Um deles é Fundamentação da metafísica dos costumes: uma chave de leitura de Sally Sedgwick. Vale muito a pena adquirir ambos para garantir um melhor aproveitamento da obra de Kant.


10) Assim falou Zaratustra

Autor:  Friedrich Nietzsche


Publicado em partes entre 1883 e 1885, essa é uma das obras mais conhecidas e distintivas de Friedrich Nietzsche. Escrito em um estilo narrativo e poético, quase bíblico, o livro apresenta o profeta Zaratustra descendo de sua montanha para anunciar seus ensinamentos à humanidade. 

Através de discursos, parábolas e encontros simbólicos, Nietzsche introduz alguns de seus conceitos filosóficos mais radicais e provocadores. O livro é também conhecido pela proclamação “Deus está morto“, que não se refere a uma morte literal, mas ao declínio da crença em Deus como fundamento dos valores e do sentido na cultura ocidental, abrindo espaço para o niilismo

Dada sua linguagem simbólica e a profundidade de seus temas, a obra convida a múltiplas interpretações. Também não é uma leitura fácil, mas vale como um texto vigoroso para questionar os alicerces de suas próprias convicções e refletir sobre o futuro da humanidade.

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Comece agora mesmo seu diálogo com os filósofos clássicos e abra sua mente

Chegar ao fim desta jornada pelas obras de filósofos clássicos essenciais pode ser apenas o começo de uma grande aventura intelectual. Percorrer as páginas de Platão, Aristóteles, Marco Aurélio, e tantos outros gigantes do pensamento, é mais do que acumular conhecimento histórico; é dialogar com mentes brilhantes que se debruçaram sobre as questões mais fundamentais da existência humana.

As dez obras que vimos aqui trazem diferentes maneiras de compreender o mundo, nos desafiando a aguçar o pensamento crítico. Espero que esta seleção sirva como um excelente incentivo para conhecer ou revisitar esses tesouros da sabedoria humana. 

Se este artigo te inspirou, aproveite para compartilhá-lo com amigos que também possam se beneficiar dessas ideias atemporais. Boa leitura e até a próxima!

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